Quando descobriu-se poetisa optou por transformar-se em Florbela Espanca para brindar o mundo com versos únicos.
Precursora do movimento feminista em Portugal vivia a suspirar por um certo Prince Charmant, e inspirada por esses suspiros escreveu muitos poemas.
Gostava de pensar sobre si e os sentimentos que tomavam sua alma de tal forma que sentia-se sufocada. Então, respirava por palavras, vírgulas, pontos, estrofes. Alguns poemas são verdadeiros desabafos e o poema abaixo talvez seja o maior de todos eles.
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário