sexta-feira, 3 de junho de 2011

Amando a própria imperfeição


Sempre culpamos os outros pelas cobranças e não observamos que nós somos os nossos maiores cobradores. Com nossas próprias cobranças vem o medo, a ansiedade, a depressão. Um sinal alarmante de que levamos a vida tão a sério que esquecemos de brincar, de sorrir, de dançar na frente do espelho. Ou seja, simplesmente deixamos a vida de lado em nome de um cotidiano enlouquecedor. 
Nos últimos dois meses tenho dedicado tempo a coisas muito importantes, dentre elas uma tem feito um grande bem para minha auto-estima: sorrir pra mim mesma enquanto me maquio. Com isso ganho muitos sorrisos de volta, mas sorrisos meus. Os sorrisos dos outros ficaram mais visíveis com essa prática. Aliás, fiquei mais sensível para detectar sorrisos verdadeiros e falsos depois que comecei a sorrir verdadeiramente para mim mesma. Que interessante, não?!
Cristo ensinou: "Ama o teu próximo como a ti mesmo". Aí fica o questionamento: você tem amor próprio? Amor próprio não é egoísmo, mas sim a atitude de olhar para si mesmo e amar como se vê. Se a resposta é não, como você pode amar o próximo com verdade? Chega a ser hipocrisia defender o amor pelo outro quando se odeia o próprio reflexo no espelho.
Ame o reflexo no espelho. Depois ame o reflexo do teu oposto ou da tua similaridade que é o outro ser humano.
Ame-se mais. Cobre-se menos. Seja menos perfeito. Não tenha medo de errar, mas errando aprenda com o erro e praticando o mesmo erro novamente não se culpe. Lembre-se: ninguém é perfeito. Nem você com suas falhas, muito menos quem te aponta o dedo da condenação.
Não espere que fiquem do teu lado. Fique você do teu lado, em tua companhia.
 Apóie-se. Congratule-se. Auto-critique-se, mas sem mutilar a tua alma.
Afinal, ninguém é perfeito. Nem você. Muito menos eu. E eu estou aprendendo a não me amar menos por isso.


(Nina Oliver) -- @nina_oliver

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