terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ser uma escritora que flui

Um grande escritor um dia disse que devemos ser como um rio que flui. Mas nem todo rio flui. Alguns estão presos pelas barragens humanas, na contenção imposta pela modernidade que insiste em manter morto e preso tudo que nasceu para ser vivo e livre.
Ser livre é algo que pouquíssimos rios são. Só o rio de sangue corre livremente nas veias, e mesmo assim ainda encontra barreiras.
Estou aqui pensando, e tudo o que penso é que adoro ser esse rio furioso e livre de escrita que flui dentro de mim. Porque somente quando escrevo que me sinto, de fato, livre. O resto é prisão, contenção e caos moderno.
Cavalos cavalgam livres à beira do rio de palavras que escrevo. Talvez nem cavalos sejam, são livres demais para terem um nome, uma denominação. São livres, e assim serão por todo sempre.
Talvez seja um sonho sagitariano meu, correr livre com a parte livre em mim para libertar a que presa em mim vive. Mas isso é apenas um devaneio de alguém que passa a maior parte do tempo pensando em aglomerados de estrelas, em amigos leais e árvores com sombras protetoras. Porque disso é feita a minha essência, e dela brotam palavras que escrevo, mesmo que temerosa e insegura.
Escrever é a minha maior aventura. Escrever é a minha vida. Minha missão. E enquanto escrevo, consigo fluir para onde nenhum rio flui, pois todos estão presos apesar de correrem. Mas eu que escrevo, enquanto escrevo sou livre. Quero escrever sempre!

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